quinta-feira, 17 de junho de 2010

Copa do Mundo

Robinho e Nilmar admitem substituir Kaká por Seleção mais ofensiva

Kaká ainda não está 100% fisicamente. O camisa 10 jogou 77 minutos da estreia brasileira na Copa do Mundo e dificilmente atuará a partida inteira no domingo diante da Costa do Marfim, no estádio Soccer City.

Contra os norte-coreanos, Kaká foi substituído por Nilmar, que formou um trio de atacantes ao lado de Robinho e Luís Fabiano. O jogador do Villareal (ESP) disse nesta quinta-feira, em Johannesburgo, que está pronto para atuar na posição que o técnico Dunga precisar.

"O Robinho tem característica de voltar para buscar, então o Dunga pediu mais velocidade quando entrei. Já tive oportunidade de jogar como centroavante ou aberto. Se precisar jogar de novo, estou pronto e preparado", disse Nilmar.

"Acho que a Seleção tem jogadores de muita qualidade. Então o Dunga pode testar jogadores diferentes na mesma partida e a equipe fica no mesmo nível", completou o atacante, que entrou contra os norte-coreanos com o posicionamento aberto, função que até então era executada por Robinho na partida.

O santista, por sua vez, atuou mais recuado. Buscou o jogo e se consolidou como destaque do Brasil na primeira partida na África do Sul. "Com essa formação a gente fica bastante ofensivo. Kaká é um jogador de peso, pode decidir qualquer jogo, mas a Seleção tem jogadores excelentes para substituí-lo", afirmou Robinho.

O atacante lembrou ainda que faz essa função de vez em quando no Santos do técnico Dorival Júnior. Com André e Neymar jogando mais na frente, Robinho ajuda Ganso na armação das jogadas. "Já estou adaptado a essa posição, o Santos também joga assim", completou. Após a partida, Dunga explicou que a saída de Kaká já estava prevista antes mesmo do jogo. Assumiu ainda que a substituição mais natural de Kaká seria por parte de Júlio Baptista, que, pelas condições da partida, optou por recuar Robinho, que já estava em campo.

Com o placar favorável de 2 a 0, acreditava que poderia dar mais agilidade ao time com Nilmar em campo. Acabou não funcionando muito bem e o Brasil sofreu um gol.

Nilmar comemorou ainda o fato de ter realizado sua primeira partida em um Mundial. "A primeira impressão de estar numa Copa, e no primeiro jogo ter oportunidade, foi uma alegria enorme. Era um sonho jogar", contou.




segunda-feira, 14 de junho de 2010

Copa do Mundo

Time ideal de Dunga enfrenta sina de mudanças nas últimas nove Copas

O time que começa a Copa do Mundo não termina. Essa máxima vale para a seleção brasileira. Nas últimas nove edições do torneio, nunca a formação titular usada na estreia foi a mesma da última partida. A última vez que isso aconteceu foi em 1970. Pior para os 11 titulares de Dunga, que enfrentarão essa sina na África do Sul. Mais difícil do que conquistar uma cobiçada vaga é continuar na equipe.

A última geração que desfrutou de tal privilégio foi a do vitorioso grupo de 1970. Pelé, Tostão, Rivelino, Jairzinho e companhia tiveram os mesmos companheiros na goleada por 4 a 1 sobre a extinta Tchecoslováquia, na estreia, e na goleada pelo mesmo placar sobre a Itália na final.

Lesões ou opções dos treinadores proporcionam tais mudanças ao longo de uma campanha de Copa do Mundo. Em alguns casos, um jogo bastou para que o comandante desistisse do que considerava ideal. Outros demoraram mais a promover os reservas. Mas mesmo numa competição curta como o Mundial a disputa é elevada e dinâmica.

Dunga já tem seus 11 definidos. Se não apresentar nenhuma surpresa decorrente dos últimos treinos fechados, escalará o Brasil diante da Coreia do Norte, nesta terça, com: Julio Cesar; Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos; Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano e Kaká; Robinho e Luís Fabiano.

Foi esse o time que Dunga treinou nos trabalhos táticos abertos à imprensa na África do Sul. Exceção feita aos poupados Juan e Julio Cesar, foi essa a equipe que venceu Zimbábue (3 a 0) e Tanzânia (5 a 1), respectivamente, nos últimos testes antes da Copa.

O comandante já avisou que não irá desistir de tal formação por causa de alguns minutos bons de uma escalação alternativa. Alega que é preciso transmitir confiança aos titulares.

No entanto, a sina das últimas nove Copas tem boas chances de se repetir na África do Sul. Alguns jogadores do time ideal estrearão sob a ameaça de fortes concorrentes. Lateral esquerda e meio-campo são posições com fortes disputas.

Michel Bastos, Felipe Melo e Elano têm a confiança de Dunga. Mas as presenças de Gilberto, Ramires e Daniel Alves como opções podem alterar o cenário. Ramires surge como a “sombra” mais poderosa do momento e em duas posições: na segunda e na terceira funções do meio-campo.

Ele desconversa. “Estou esperando como todos os jogadores, ninguém sabe ainda quem vai atuar. Mas independentemente de começar jogando ou não, vou seguir trabalhando para ajudar a seleção caso entre em campo. Cabe ao Dunga decidir. Estou pronto”, disse o meia do Benfica.

As atuações do Brasil e os resultados nos primeiros compromissos serão fundamentais para as escolhas de Dunga. A equipe estreia às 15h30 (de Brasília) desta terça diante da Coreia do Norte, no Ellis Park, depois pega Costa do Marfim (dia 20), no Soccer City, e finaliza sua participação na fase de grupos contra Portugal (dia 25), em Durban.