sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Flu quer torcida junto o para o jogo


Goleiro convoca torcida a Barueri


A relação de união entre jogadores e torcida pode ser decisiva na conquista do título nacional do Fluminense e é novamente apontada pelo elenco como fundamental em mais um passo: desta vez o Palmeiras, no domingo, em Barueri. Depois de vencer o São Paulo no mesmo local, com grande apoio de tricolores, o líder do Campeonato Brasileiro volta ao local para mais um desafio e quer ter os fãs lotando as arquibancadas.

Um exemplo desta identificação é notada quando o goleiro Ricardo Berna, destaque do time desde que assumiu a camisa 1, mencionou um dos mais conhecidos torcedores do clube, no caso, Nelson Rodrigues.

"Tricolores de coração do céu e da Terra saiam de suas casas e de suas tumbas para nos apoiar em Barueri", afirmou.

A união foi decretada em 2009, quando a segunda divisão parecia inevitável. Afinal, eram apenas três vitórias em 21 partidas pelo Brasileiro. Foi nesse momento, quando até o mais otimista torcedor via o rebaixamento como irreversível, que a união entre jogadores e os torcedores fez a diferença.

O que pôde ser notado daí em diante foi a dedicação em nível elevado dos jogadores em campo, enquanto que, na arquibancada do estádio que o time tricolor atuasse, a torcida faria a diferença. Se lá em cima o mosaico saía perfeito e gerava frisson em todo o País, no gramado, os guerreiros, como foram apelidados, batiam os rivais, independentemente da colocação no campeonato.

"Ouvir a torcida do Fluminense gritando time de guerreiros é uma coisa que mexe conosco", afirmou Rodriguinho, que chegou ao elenco após se destacar pelo Santo André, quando sagrou-se vice-campeão do Campeonato Paulista em 2010.

Com a aliança, todas as esferas de tricolores, jogadores ou torcedores, saíram ganhando. Seja pelos bons resultados obtidos, já que Fluminense chega às rodadas finais na liderança do Campeonato Brasileiro, ou pela identificação criada entre as partes. Prova disso foi uma declaração recente de Carlinhos. Na ocasião, o lateral esquerdo elogiou o clima do clube e manifestou seu desejo de ficar no Fluminense por um longo período, fato que o ídolo Fred já manifestou por diversas vezes.

"Na vitória sobre o São Paulo, eles compareceram em bom número e tiveram um peso grande no resultado", afirmou Carlinhos, que, em seguida, clamou pelo retorno da torcida a Barueri neste domingo.


Gerra no Rio de Janeiro



PM do Rio aumenta o efetivo nas ruas


A onda de ataques iniciada no fim de semana no Rio de Janeiro fez com que a Polícia Militar tomasse medidas drásticas. Nesta terça-feira, a cúpula da corporação anunciou que deu início à operação "Fecha Quartel", que prevê a utilização de todos os homens nas ruas com o objetivo de reforçar o patrulhamento.

A PM informou que reduzirá as folgas dos policiais gradativamente até o ano que vem. Existe, ainda, a promessa de contratação de mais 7 mil novos policiais. O porta-voz da PM, coronel Lima Castro, informou que, além da utilização de toda a força, a polícia aumentará o número de blitz para apreender materiais incendiários e prender suspeitos dos ataques.

Lima Castro informou também que a PM resolveu antecipar as medidas que seriam adotadas no fim do ano. Para o combate ao crime, a corporação ainda terá o Batalhão de Choque e 150 motocicletas.

Prisões em noite de incêndios
Na madrugada desta terça-feira, dois homens foram presos e dois menores apreendidos em Copacabana, zona sul do Rio, acusados de colocar artefatos explosivos embaixo de dois veículos. Segundo a polícia, os quatro são do morro Pavão-Pavãozinho, no mesmo bairro, comunidade onde uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) foi instalada há exatos 11 meses.

Na esquina das ruas Xavier da Silveira e Aires Saldanha, por volta de 1h, Thiago da Costa Garcia, 24 anos, acompanhado em uma moto de um menor de 15 anos, foi flagrado colocando um artefato aceso embaixo de um veículo, segundo a polícia. Com a aproximação de um segurança, a dupla fugiu. Ele conseguiu apagar o explosivo. Acionados, PMs fizeram um cerco e prenderam a dupla na rua Miguel Lemos. Meia hora depois, na rua Hilário de Gouveia, em frente à Igreja Nossa Senhora de Copacabana, outros dois ocupantes de uma moto foram vistos colocando um explosivo embaixo de outro veículo. O artefato não chegou a ser aceso, e a dupla fugiu. Já informados das características dos supeitos, PMs conseguiram identificar e aprender um menor de 17 anos, que estava sozinho, sentado na Praça Inhangá, ainda com o capacete em mãos.

No fim da madrugada, policiais da 12ª DP foram ao morro do Cantagalo, em Copacabana, e conseguiram prender Renan Fortunato do Couto, 19 anos, apontado como comparsa do menor e condutor da segunda moto. Ele foi detido na casa de uma amiga com três mulheres, consumindo maconha e cocaína. Ele foi reconhecido por PMs e não resistiu a prisão.

Ainda segundo o delegado Bruno Gilaberte, Thiago já tinha sido preso por furto, durante um assalto em Bonsucesso, quando trocou tiros com PMs. O menor de 15 anos também tem passagem pela polícia, mas por furto. Renan e as amigas serão indiciados por uso de drogas. Os quatro suspeitos de colocar os explosivos serão autuados por crime de explosão e formação de quadrilha. A pena pode chegar a nove anos de prisão.

Na noite desta segunda-feira, depois de uma tarde de aparente tranquilidade, bandidos voltaram a aterrorizar as ruas da cidade do Rio. Cinco veículos foram incendiados, sendo dois na Rodovia Presidente Dutra e três no Estácio e na Tijuca. Um veículo chamuscado na Praça da Bandeira também pode ter sido atacado por bandidos. Um motorista chegou a ser agredido. Na zona norte, uma cabine da PM foi metralhada próximo ao shopping Nova América, em Del Castilho.